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Differentiation: Método que Transforma

Atingir a todos os estudantes é o objetivo de qualquer docente. "Differentiated Instruction" é o mesmo que dizer “aconselhar e instruir”, utilizando diferentes metodologias adaptadas ao estudante e ao seu contexto. Todos os estudantes podem apresentar perfis de aprendizagem distintos. A presença nas salas de aula de estudantes Erasmus ou com necessidades educativas especiais é apenas a face visível da necessidade de adaptação e transformação dos métodos de ensino tradicionais. A tecnologia veio ajudar nesta tarefa. No entanto, é importante perceber o que se pode fazer e como colocar em prática estes conceitos.

A Differentiated Instruction, ou apenas Differentiation, significa ensinar o mesmo material a todos os alunos usando uma variedade de estratégias de instrução, ou pode exigir que o professor ministre lições em níveis variados de dificuldade com base na capacidade de cada aluno. É uma metodologia muito difundida no Ensino Público Britânico.

Professores que praticam diferenciação em sala de aula podem:

 

  • Aplicar lições baseadas nos estilos de aprendizagem dos alunos;

  • Avaliar a aprendizagem dos alunos usando avaliação formativa;

  • Gerenciar a sala de aula para criar um ambiente seguro e de suporte;

  • Agrupar os alunos por interesse, tema ou capacidade compartilhada por tarefas;

  • Avaliar e ajustar continuamente o conteúdo das aulas para atender às necessidades dos alunos.

 

A metodologia da nossa empresa se baseia nas experiências acadêmicas Britânicas - principalmente - e Finlandesas de ensino e aprendizagem. Por sua vez, na abordagem Britânica de ensino e aprendizagem, por mais que as diferenças de aprendizagem entre o alunado possam parecer bastante amplas, ao aplicar métodos eficazes de diferenciação, é possível atender as variações entre os alunos. A opinião de especialistas varia quando se trata de uma lista definitiva dos métodos de diferenciação em sala de aula, porém há 7 categorias mais aceitas. São elas:

 

  1. Tarefa (Task) - Um dos principais métodos de diferenciação - diferenciação por tarefa - envolve a definição de tarefas diferentes para alunos de diferentes habilidades. Uma maneira de conseguir isso pode ser produzir diferentes conjuntos de planilhas ou exercícios, dependendo das habilidades dos alunos ou grupos de alunos. Uma maneira de conseguir isso pode ser produzir atividades em três níveis - básico, intermediário e avançado - e, quando os alunos mais habilidosos terminarem os exercícios de nível básico, podem passar para a próxima escala (com o tempo, os próprios alunos conseguem entender o nível de entendimento que estão da matéria e pedir o nível de exercícios que deseja começar a fazer - o aluno pode começar no nível intermediário, se assim achar melhor). No entanto, os alunos mais avançados irão progredir rapidamente para as perguntas posteriores (e serem incumbidos de ajudarem como monitores outros alunos que ainda não tenham terminado as tarefas), enquanto os menos habilidosos poderão se concentrar em compreender os aspectos essenciais. Sendo assim, ser um professor atento é uma preocupação fundamental para o desenvolvimento dessa estratégia de classe.

  2. Agrupamento (Grouping) - A aprendizagem colaborativa tem muitos benefícios bem documentados, como permitir que os alunos tímidos participem com mais confiança nas aulas, mas também é um método de diferenciação útil. Grupos pequenos, de capacidade mista, permitem que os empreendedores de menor porte aproveitem o apoio de colegas, enquanto os empreendedores de alto nível ganham a oportunidade de organizar e expressar seus pensamentos para o benefício de todo o grupo (conhecido como modelagem de pares - peer grouping).

  3. Recursos (Resources) - Nesse método, é importante reconhecer que alguns alunos possam trabalhar com recursos mais avançados do que outros (tarefas diferentes e não apenas a mesma tarefa, mas sendo separada em níveis diferentes) e que é possível usar vários materiais para abordar um tópico de diferentes ângulos - dependendo do nível de habilidade dos alunos - individual e coletivamente falando.

  4. Ritmo (Pace) - Na sala de aula tradicional, as atividades são concluídas em um único período de tempo, independentemente do nível de dificuldade para alguns alunos. Quando a diferenciação é usada no planejamento da aula, o tempo disponível é usado de maneira flexível para atender às necessidades de todos os alunos. Os estudantes que compreendem rapidamente as atividades essenciais não precisam ser retidos porquê seus colegas precisam dedicar mais tempo aos fundamentos de um tópico. Eles podem, em vez disso, ser alocados para tarefas de extensão mais desafiadoras, a fim de desenvolver uma compreensão mais abrangente do assunto ou até progredir no curso definido mais rapidamente.

  5. Resultado (Outcomes) - A diferenciação por resultado é uma técnica em que todos os alunos realizam a mesma tarefa, mas uma variedade de resultados é esperada e aceitável. Por exemplo, o professor define uma tarefa, mas em vez de trabalhar para uma única resposta "certa", os alunos chegam a um resultado personalizado, dependendo do nível de habilidade. É um método sobre o qual alguns professores têm reservas, pois há o risco de que os alunos menos capazes caiam abaixo de um nível aceitável de compreensão, porém esse risco pode ser mitigado de alguma forma estabelecendo um conjunto claro de diretrizes aplicáveis ​​a todos os alunos. método chamado Success Criteria (Critérios de Sucesso), e oferece uma clara vantagem de que nenhum agrupamento prévio é necessário.

  6. Diálogo e apoio (Dialogue and Support) - A ênfase está no papel do professor, que deve facilitar a resolução de problemas, identificando quais estudantes precisam de explicações detalhadas em linguagem simples e quais estudantes podem dialogar em um nível mais sofisticado. O professor também pode empregar questionamentos direcionados para produzir uma variedade de respostas e desafiar os alunos mais capacitados. O apoio verbal e o encorajamento também desempenham um papel crucial nessa técnica.

  7. Avaliação (Assessment) - em vez de a avaliação ter lugar no final da aprendizagem, os alunos são avaliados numa base contínua para que o ensino, e de facto os outros métodos de diferenciação, possam ser continuamente ajustados de acordo com as necessidades dos alunos. Neste caso, a avaliação na nossa metodologia é apenas QUALITATIVA, ou seja, não aplicamos avaliações QUANTITATIVAS (provas e testes com notas), mas, sim, avaliamos o rendimento geral durante as atividades e avaliações e o nível de apropriação e aplicação do conteúdo - alinhando aos níveis de habilidades intelectuais da taxonomia de Bloom.

 

Na visão do sistema educacional Finlandês, a qual segue ainda mais a risca filosofias construtivistas de ensino e aprendizagem, as crianças não começam a escola antes dos 7 anos de idade e, comparado a outros sistemas de ensino, eles raramente fazem exames e dever-de-casa até sua adolescência. Mesmo assim, os deveres-de-casa são reduzidos à 10/20 minutos por dia e as provas e testes são ao final do semestre. Quanto às crianças, não há medições de origem nenhuma durante os 6 primeiros anos de escola, sendo o único teste mandatório padronizado aos 16 anos de idade. Todas as crianças - independente do seu nível intelectual - são ensinadas na mesma classe, onde 30% do quórum recebem ajuda extra-individualizada durante seus primeiros 9 anos de escola. Na Finlândia, a diferença das aptidões intelectuais e conhecimento entre os alunos com mais desafios e mais potenciais são as menores do mundo, resultando em  66% do quórum de alunos indo para a faculdade - a maior taxa da Europa - e são os mais aceitos em programas de bolsas no mundo inteiro. Esses resultados notórios se dão pela alta valorização do professorado, valorização do tempo de lazer entre os alunos - no respectivo Fund. I, eles possuem 75 minutos de recesso por dia -, grande poder de criticidade e entendimento vocacional; e resultam em uma das menores taxas de desigualdades sociais do mundo para a Finlândia graças ao seu sistema de ensino público e eficaz.
 

A amálgama dos pragmatismos educacionais Britânicos focados no desenvolvimento das habilidades intelectuais plurais do aluno somadas as práticas lúdicas e vocacionais apresentadas no sistema de ensino Finlandês, são a base para nossa metodologia construtivista fundada na prática, avaliação contínua e qualitativa ao trabalhar em coletivo, mas respeitando as individualidades do alunado.


Baseado e traduzido de: https://elearning.up.pt/differentiated-instruction-lista-de-leituras/ // https://education.cu-portland.edu/blog/classroom-resources/examples-of-differentiated-instruction/ //  http://www.bbcactive.com/BBCActiveIdeasandResources/MethodsofDifferentiationintheClassroom.aspx // https://cft.vanderbilt.edu/guides-sub-pages/blooms-taxonomy/ // http://www.businessinsider.com/finland-education-school-2011-12#more-from-europe-27

   Autor: Gabriel Lessa - CEO da                 & Consultoria

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