Todos têm uma criança pequena na família - pelo menos em alguma etapa da vida. De uma hora pra outra, aquela criança começa a falar coisa as quais pensamos "Como e onde ela aprendeu isso?". É tão bonitinho - ou nem tanto, dependendo do que a criança "repetiu". Bom, essa repetição acontece justamente pela capacidade de aprendizagem da criança e o período operatório que ela se encontra (desenvolvimento etário influenciando os momentos de absorcão da informação e conhecimento). Dessa forma, na maior parte da vida da criança, ela mimetiza com facilidade o que ouve e nos surpreendemos com a capacidade de apredizagem, mesmo quando a criança não está prestando atenção (ou pelo menos parece não estar prestando atenção). Mas já parou pra pensar que os adultos não são bem assim? 

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      As fases de desenvolvimento humano (leia sobre Piaget na primeira fonte) foram fundamentais para o desenvolvimento da PEDAGOGIA MODERNA. Do grego "paidos" ("da criança") e "agein" ("conduzir"), reitera a formação e desenvolvimento através do ensino e aprendizagem enquanto ser humano. Contudo, esse processo é relativizado para crianças e adolescentes cujos processos de aprendizagem acabam sendo diferentes do cérebro de uma pessoa adulta - o adulto aprende de forma mais linear, diferente da criança de 08 anos que aprende com estímulos vindo de várias direções e ao mesmo tempo. É daí que se populariza o termo ANDRAGOGIA (do grego"andro" significa "homem").

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      O termo ANDRAGOGIA, cunhado pelo pedagogo alemão Alexander Kapp em 1833 (Platon's Erziehungslehre, traduzindo para o português como "Ideias Educacionais de Platão") foi muito difundido posteriormente, entre a década de 50 à 70, por Malcolm Knowles - pedagogo como Kapp - , considerado o pai da Andragogia. Esse termo define que há diferenças no aprendizado pedagógico (crianças e adolescentes) e andragógico (adultos), devendo ser respeitadas para a maior apropriação do conhecimento e efetividade das estratégias de ensino e aprendizagem. Sendo assim, abordagens e técnicas didáticas aliadas à recursos específicos corroboram um entendimento mais lógico ao levar em consideração a faixa-etária do indivíduo e suas motivações. 

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      O modelo andragógico baseia-se em 6 princípios básicos. São eles:

1. Necessidade do Saber: A motivação do adulto está ligada ao porquê de aprender algo e o ganho que terão no processo;
 

2. Autoconhecimento do Aprendiz: O educador deve mostrar que o aluno adulto é capaz e dono da habilidade de autocorreção;

3. Papel das Experiências: A prática e a experiência devem ser padrões fundamentais ao aplicar a metodologia de ensino;

4. Prontidão em Aprender: Situações do dia-a-dia ou temáticas de uso prático aumentam a disposição do adulto em aprender;

5. Orientação para a aprendizagem: Os conteúdos devem ser contextualizados para alguma finalidade​ de aplicacão ou utilidade;

6. Motivação: Valores intrínsecos (autoestima, qualidade de vida, ...) são motivadores essenciais na aprendizagem de adultos.

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      Independente da filosofia de ensino, caso não seja aplicada de maneira ética e preocupada com bons resultados, estará fadada ao fracasso. Usar a Andragogia como mote de marketing é falsa-propaganda. Os preceitos da Andragogia, que muito se assemelham ao CONSTRUTIVISMO, possuem resultados efetivos e continuados por meio da prática, porém, precisa-se de muita dedicação, tanto do docente quando do discente. Esses resultados são sinérgicos - não dicotômicos - a partir do momento que o trabalho individualista diminui a eficácia dessa metodologia - deve-se explorar as habilidade e revelar as vocações do alunado entendendo as particularidades do indivíduo, mas impactando à ele e o grupo. Logo, os profissionais da educação têm o papel de mediar os conhecimentos e guiar as ambições dos estudantes para que seus objetivos e motivações sejam atingidas.

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      Falácias não têm vez na aplicação de qualquer tipo de conhecimento e qualquer prática. Usar um nome como merchandising é uma débil forma de extorsão daqueles que querem investir em seu próprio futuro. A Andragogia é por sí só uma EDUCAÇÃO COOPERATIVA que envolve o educador e cada estudante para a formação do saber de forma mútua e plural, onde o sentido do ensino-aprendizagem (professor-aluno, aluno-professor ou aluno-aluno) é respeitado e valorizado para potencializar os resultados das práticas educacionais andragógicas. ​
 

Fontes:
[1] https://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm

[2] https://andragogiabrasil.com.br/o-que-e/​

[3] http://www.iiis.org/CDs2009/CD2009SCI/ag2009/PapersPdf/A064IQ.pdf